Acabou de entrar numa área reservada a pessoas curiosas e inconformadas. Temos o dever de informar que experiências recentes indiciam que o uso do cinema na sala de aula prejudica gravemente o tédio.

Somos a sala de cinema. Se podíamos viver sem o cinema na escola? Podíamos, mas não era a mesma coisa.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sugestão de Natal: "O Clube de Cinema", um livro de David Gilmour


A sala de cinema deixa aqui uma sugestão para o Natal: "O Clube de Cinema". Embora tenha nome de músico, o autor é um crítico de cinema e romancista canadiano. O livro não é uma obra prima, mas remete com mestria para grandes obras primas do cinema. Não tem a  beleza rara dos grandes clássicos, mas nasce da mais importante obra que um pai ambiciona vir a realizar: ajudar o seu filho a ser feliz.
"O Clube de Cinema" é um relato autobiográfico autêntico e emotivo, escrito por um pai que se vê perante a decisão do seu filho adolescente em deixar de estudar. Poderão as sessões cúmplices de cinema substituir a escola e proporcionar uma educação sólida e equilibrada a um jovem?

Autor: David Gilmour
Edição: Fev/2011
Páginas: 192
Editora: Pergaminho
Quando o seu filho Jesse tinha 15 anos, David Gilmour tomou uma decisão que muitos pais e educadores considerariam radical: deixou o filho desistir da escola. Esta decisão, contudo, não teve nada de simples ou fácil. Ao ver o filho debater-se com a falta de motivação e as dificuldades em estudar, concentrar-se e ter notas positivas, David Gilmour percebeu que talvez a escola não fosse o ambiente ideal de aprendizagem para o filho – e que as probabilidades de que ele não acabasse o liceu eram elevadas.  Assim, permitiu que deixasse a escola; em contrapartida, exigiu que o filho adquirisse com o pai (um notável crítico de cinema) alguma forma de educação alternativa para a vida, o amor e o crescimento pessoal. A condição para o filho deixar a escola era passar três noites por semana a ver um filme com o pai – aquilo a que chamaram O Clube de Cinema.
O que se segue é um percurso de aprendizagem e formação invulgar, rico e comovente. Na companhia do pai – e através de filmes que vão desde Os 400 Golpes, de François Truffaut, a Instinto Fatal, de Paul Verhoeven, de Crimes e Escapadelas, de Woody Allen, a Há Lodo no Cais, de Elia Kazan – Jesse aprende poderosas lições acerca dos valores humanos e do sentido da vida. E David aprende aquilo de que tantos pais se apercebem demasiado tarde: que cada momento passado com o filho é uma oportunidade de crescimento para ambos.
David Gilmour é um romancista premiado e amplamente louvado pela crítica em todo o mundo. É uma figura de renome nos media canadianos: foi crítico de cinema no programa The Journal e mais tarde apresentou o seu próprio programa de divulgação cultural, Gilmour on the Arts. É docente convidado no Victoria College da Universidade de Toronto. O Clube de Cinema é um best-seller internacional, publicado em mais de 20 idiomas. Jesse Gilmour voltou a estudar… e hoje em dia é realizador e guionista.

A sala de cinema promete voltar a este livro mais lá para a frente. Até lá, bons filmes e boas leituras!

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