Acabou de entrar numa área reservada a pessoas curiosas e inconformadas. Temos o dever de informar que experiências recentes indiciam que o uso do cinema na sala de aula prejudica gravemente o tédio.

Somos a sala de cinema. Se podíamos viver sem o cinema na escola? Podíamos, mas não era a mesma coisa.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Jovens, drogas e dependência: o que o cinema nos pode ensinar




Um grupo de alunos do 12º D pretende, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, exibir e discutir um bom filme em que seja abordada a problemática das drogas e das dependências associadas ao seu consumo entre os jovens. A sala de cinema não poderia deixar de atender ao pedido que nos foi feito no sentido de sugerir filmes de referência sobre o assunto cuja duração não ultrapassasse grandemente os 90 minutos. Aqui deixamos três excelentes sugestões. 
Bom filme e bom debate! 


A Vida Não é um Sonho (Requiem For a Dream), EUA, 2000, realizado por Darren Aronofsky. Duração: 97 minutos (M/16). Idioma: Inglês


SINOPSE

Uma história moderna, vivida nas ruas de Brooklyn, onde se cruzam vivências paralelas de quatro pessoas que decidem procurar uma vida melhor.
 Por um lado existe Sara (Ellen Burstyn, vencedora do Oscar de Melhor Actriz em Alice Já Não Mora Aqui), uma solitária que redescobre o prazer da vida com a possibilidade de aparecer na televisão. Por outro lado, temos o seu filho Harry (Jared Leto, Mitos Urbanos), a sua namorada Marion (Jennifer Conelly, Desenterrar Os Mortos) e o seu melhor amigo Tyrone (Marlon Wayans, Um Susto de Filme) que querem montar um negócio para viciados de venda de drogas leves porta a porta. Mas rapidamente todos descobrem que será difícil atingir as suas aspirações... recusando-se, no entanto, a desistir mesmo quando o destino lhes prega partidas ainda mais sérias.


Trainspotting (Trainspotting), Reino Unido, 1996, realizado por Danny Boyle. Duração: 94 minutos (M/18). Idioma: Inglês

SINOPSE

Esperto, divertido e por vezes simplesmente inconsciente, Mark é um herói da nossa época. Imerso na cultura junkie de Edimburgo, Mark e os seus amigos formam um grupo de loosers, drogados, mentirosos, psicopatas e ladrões.
Hilariante mas terrível, o filme relata a desintegração da sua amizade à medida que se encaminham inelutavelmente para a auto-destruição.
Só Mark tem a vontade e a força para escapar ao seu destino. Mas quer ele verdadeiramente escolher a vida?


Maria Cheia de Graça (Maria, Llena eres de Gracia), EUA, 2004, realizado por Joshua Marst. Duração: 96 minutos (M/12). Idioma: Espanhol

SINOPSE

Baseado em 1.000 histórias reais. Maria Alvarez, uma jovem de 17 anos, que vive com três gerações da sua família numa casa apertada na Colômbia, está determinada a escapar ao entorpecido quotidiano da sua vila. Uma oferta para um trabalho lucrativo, que implica carregar consigo droga até Nova Iorque, vai mudar o seu rumo. Longe da viagem rotineira que lhe tinha sido prometida, Maria é levada para o perigoso e implacável mundo do tráfico de droga numa missão de sobrevivência, que ela terá de cumprir para alcançar uma nova vida. Eis o trailer oficial:

domingo, 21 de novembro de 2010

"12 Homens em Fúria": um clássico na comemoração do Dia Mundial da Filosofia



Cumprindo uma tradição já com alguns anos, o grupo de Filosofia da Escola Secundária Manuel Teixeira e a sala de cinema celebraram em conjunto, no dia 18/11, o Dia Mundial da Filosofia através da exibição para os alunos de um filme com relevante conteúdo filosófico.
Este ano, o auditório da escola teve praticamente lotação esgotada com o filme 12 Homens em Fúria (12 Angry Men), de Sidney Lumet, com Henry Fonda como protagonista.
A ação do filme decorre quase totalmente numa sala anexa a um tribunal americano, onde doze jurados vão decidir o futuro de um jovem porto-riquenho acusado de assassinar brutalmente o pai com uma navalha de ponta e mola. E o que parecia tratar-se de uma decisão pacífica (tudo apontava para a culpa do rapaz), complica-se irreversivelmente quando um dos jurados pede que todos reflitam um pouco sobre o que tinham visto e ouvido no julgamento antes de darem o veredicto. Afinal, argumenta ele, trata-se de mandar ou não um rapaz para a cadeira eléctrica e uma decisão tão importante como esta não deveria ser tomada de ânimo leve. A partir deste momento, o filme cresce dramaticamente numa espiral de subtilezas argumentativas: de um lado, os defensores da culpabilidade do rapaz, que tudo fazem para convencer os mais renitentes, do outro, uma minoria que exige argumentos sólidos e provas credíveis para tomar uma decisão final. Até ao final, assistimos a esta “luta” argumentativa em que as palavras e os argumentos são as únicas “armas” que podem condenar ou ilibar o jovem acusado.
O filme parece remeter-nos para o diálogo “Górgias”, de Platão, onde o filósofo ateniense contrapõe de modo vivo e intenso a manipulação retórica dos sofistas, que visa apenas “ganhar” a discussão, à argumentação racional, que procura chegar à verdade. 
Deixo-vos com uma interessante crítica do filme.
Para o ano há mais.



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Monty Python e a Filosofia

Eça de Queirós dizia que o riso é uma filosofia. Não é. Mas é possível fazer rir com inteligência utilizando a filosofia e os filósofos como tema. A sala de cinema assinala assim o Dia Mundial da Filosofia: 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Juventude Cinema e Escola: projecto da DREAlg no Diário de Notícias

O projecto JCE (Juventude Cinema e Escola) foi alvo de um justo destaque no Diário de Notícias. Com mais de 10 anos de trabalho contínuo e consistente nas escolas, o projecto liderado pela professora Graça Lobo é já uma referência no Algarve. Na nossa escola, o JCE existe há 4 anos e é coordenado pelo professor Carlos Café, responsável pelo projecto sala de cinema e por este blogue. Neste ano lectivo, a Teixeira Gomes participa na rede JCE através do 11º D. Iremos dando conta das actividades do JCE que se forem realizando ao longo do ano.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Professores da Teixeira Gomes passam a noite com Marilyn Monroe

A sala de cinema convida os professores da escola para mais uma cine tertúlia na próxima sexta-feira, dia 12, com início às 21:30, no auditório do bloco B. E porque rir ainda é o melhor remédio, escolhemos um clássico da comédia romântica:

QUANTO MAIS QUENTE MELHOR
(Some Like It Hot, EUA, 1959)
Realização: Billy Wilder

Joe (Tony Curtis) e Jerry (Jack Lemmon), dois músicos de Chicago, ficam com a cabeça a prémio ao testemunhar um tiroteio. A sua única chance reside em disfarçarem-se de "Josephine" e "Daphne", membros de uma banda de Jazz feminina. Logo conhecem Sugar Kane (Marilyn Monroe) por quem "Josephine" se apaixona. O disfarce é perfeito mas infelizmente os seus perseguidores não se deixam enganar e para complicar as coisas, um Playboy geriático (Joe E. Brown) encanta-se por "Daphne", perseguindo-"a" até à exaustão.
Nomeado para 7 Oscares, incluindo as categoristas de Melhor Realizador e Melhor Actor (Jack Lemmon), QUANTO MAIS QUENTE MELHOR é "uma das melhores comédias de todos os tempos" (The Motion Picture Guide).

Como já é habitual, a tertúlia continuará depois do filme, noite dentro.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

“Lisboetas”: uma abordagem realista e actual da imigração em Portugal


A pedido de um grupo de alunas da disciplina de Área de projecto do 12º F, a sala de cinema fez as suas pesquisas e sugere o filme “Lisboetas”, de Sérgio Tréfaut.
Trata-se de um documentário interessante e actual sobre os imigrantes que escolheram o nosso país para viver e trabalhar. O filme obteve o prémio de Melhor Filme Português no festival IndieLisboa 2004. Pode consultar a página oficial do filme aqui. Foi de lá que retirámos esta sinopse:

Lisboetas é um documentário político sobre a vaga de imigração que nos últimos anos mudou Portugal.
Lisboetas é o retrato de um momento único em que o país e a cidade entraram num processo de transformação irreversível.
Lisboetas é um filme que rejeita o habitual tratamento jornalístico e aborda a experiência humana dos imigrantes da grande Lisboa de um ponto de vista cinematográfico.
Lisboetas é uma janela secreta sobre novas realidades: modos de vida, mercado de trabalho, direitos, cultos religiosos, identidades. É uma viagem a uma cidade desconhecida, a lugares onde nunca fomos e que estão aqui.
Lisboetas é um retrato por dentro. A palavra é dada aos recém chegados. Talvez por isso, como escreveu a crítica do “Público” Kathleen Gomes, “os estrangeiros aqui somos nós”.
Lisboetas não é um filme dogmático, mas é um filme incómodo e que deixa muitas questões em aberto - por que é difícil avaliar o quanto tudo mudou e ainda pode mudar.

Dê uma vista de olhos ao trailer do filme.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Filme sobre José Saramago premiado em Portimão




O documentário «José e Pilar», do realizador português Miguel Gonçalves Mendes, ganhou o Prémio do Público na Mostra de Cinema Internacional «Visões do Sul», que decorreu no Museu de Portimão.
O prémio – 1000 euros que revertem diretamente para o realizador do filme escolhido pelo público - foi anunciado pela diretora regional de Cultura, na sessão de encerramento da mostra. O filme vai agora ser exibido no circuito comercial. Esteja atento. 
A sala de cinema disponibiliza-lhe o trailer: