Acabou de entrar numa área reservada a pessoas curiosas e inconformadas. Temos o dever de informar que experiências recentes indiciam que o uso do cinema na sala de aula prejudica gravemente o tédio.

Somos a sala de cinema. Se podíamos viver sem o cinema na escola? Podíamos, mas não era a mesma coisa.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia



O Poema

Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne.
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
Ou os bagos de uva de onde nascem
As raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
rios, a grande paz exterior das coisas,
folhas dormindo o silêncio
- a hora teatral da posse.

E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.

E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as casas deitadas nas noites
e as luzes e as trevas em volta da mesa
e a força sustida das coisas
e a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.

- E o poema faz-se contra a carne e o tempo.

Herberto Helder

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cine tertúlia de Fevereiro: 2 em 1, filme mais jantar (com oferta de uma receita simples e deliciosa)


Não, por acaso ninguém comeu spaghetti gamberetti no jantar da tertúlia. Houve pizzas generosas e outras massas personalizadas (o cliente é quem escolhe), um agradável aperitivo branco moscatto oferta da casa e degustação de vinhos tintos. 
Mas o melhor do jantar foi mesmo o convívio. E, claro está, as conversas que foram surgindo ao longo da noite, ou não se tratasse de um jantar de inteligentes... 
Curiosamente, tudo começou com este excelente jantar de palermas:


Qualquer dia há mais. Até lá, a sala de cinema deixa aos seus leitores uma sugestão gastronómica:

SPAGHETTI GAMBERETTI

Ingredientes (4 pessoas):
  • 1,5 kg de gambas cozidas
  • 1 kg de esparguete
  • 1 cabeça de alhos
  • Óleo
  • Pimenta preta moída na altura
  • 2 embalagens individuais de manteiga de alho
  • 2 colheres de vinho branco
  • Cebolinho
  • 50 gr de tomate cereja
  • Queijo parmesão


Confecção:

Descasque as gambas, retirando-lhes as cabeças e deixando ficar a casca da cauda. Faça um corte longitudinal no lombo e retire o veio escuro. Ponha o esparguete a cozer. Aqueça o óleo numa frigideira larga ou num wok e aloure rapidamente os alhos laminados e três dentes de alho esmagados, sem queimar. Retire os alhos e reserve. De seguida, frite as gambas no óleo entretanto perfumado com o alho. Salpique com o vinho branco e a pimenta. Escorra o esparguete e volte a colocá-lo no recipiente quente onde o cozeu, adicionando uma das embalagens de manteiga de alho. Quando as gambas estiverem alouradas, retire-as e salteie o esparguete no óleo. Adicione as gambas, os alhos e mais uma embalagem de manteiga de alho. Rectifique os temperos e coloque tudo numa travessa previamente aquecida com a água da cozedura do esparguete. Adicione o cebolinho cortado finamente e o tomate cereja cortado às metades. Polvilhe com queijo parmesão ralado na altura. Para beber, sugerimos os vinhos frutados do Alentejo. Branco ou tinto? Fica ao seu critério...
Bom apetite!